quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resultado da feira de adoção 25/09

Obrigada a quem compareceu na feirinha, foram doados 20 animais entre cães e gatos, filhotes e adultos...
Obrigada mesmo....






E fiquem expertos para nova feirinha, assim que eu tiver mais informações aviso vocês...

Saiba como evitar que o pelo do seu mascote se torne um problema para sua saúde


Especialistas ensinam truques simples que evitam problemas

Ter um bichinho de estimação é o sonho de muita gente. No entanto, muitas pessoas abrem mão do projeto devido às alergias originadas por causa dos pelos desses animais. Todavia, segundo o alergista e especialista em imunologia, André Luiz Becker, na grande maioria dos casos, essa convivência pode existir, sim, e com muitos benefícios aos pacientes.

— Já não é mais de praxe impedir pacientes alérgicos de conviver com animais de estimação. Hoje em dia este convívio é considerado benéfico e salutar, exceto em poucos casos de alergias mais graves — explica.

Para a médica veterinária da Ourofino, Juliana Trigo, as alergias não têm origem exclusivamente no pelo dos mascotes.

— Existe a crença de que alérgicos não devem ter cães ou gatos peludos. Na realidade, a vilã causadora das alergias é a descamação natural da pele do animal e não o pelo — destaca.


Como se desenvolvem as alergias

Becker explica que é difícil determinar como surgem os problemas de saúde decorrente dessa convivência. O diagnóstico é muito particular, dependendo do histórico de cada paciente.

— Em sua maioria, as alergias aparecem rapidamente, com coceira na face ou nos olhos, espirros e coriza. No entanto, há casos em que elas surgem mais lentamente e persistem por mais tempo. A própria asma, por exemplo, pode não ser imediata, estabelecendo-se de forma gradual — diz.

Becker revela ainda que, uma vez que o indivíduo comece a ter reações alérgicas a um determinado animal, ele tende a repetir o quadro alérgico toda a vez que for novamente exposto. Além disso, mesmo que não seja alérgico, se o paciente for exposto ao pelo em momentos nos quais esteja com a imunidade baixa, ele pode desenvolver o problema.

— Há fases na vida em que a idade, o estresse e o cansaço, entre outros fatores, podem facilitar o processo de sensibilização, que seria o início do 'desejo' de reagir de forma alérgica. Daí para diante a reação tende a se repetir — explica.


Como identificar as alergias

Segundo Becker, é fundamental avaliar o perfil da família e a idade das crianças antes da trazer um bichinho para casa. O histórico de alergia de um ou de ambos pais aumenta muito a possibilidade do indivíduo ser alérgico. No entanto, há casos em que a alergia a algum fator desencadeado pelo mascote é bem menor do que outras causas que merecem mais atenção, como poeira e mofo, por exemplo.

— Um bom conselho é o de não tomar uma decisão importante como esta de forma precipitada, sem antes avaliar possíveis riscos à saúde da família — complementa.


Becker lista alguns sinais e sintomas que podem sugerir algum tipo de alergia:

:: problemas nasais como espirros, obstrução, vermelhidão e coriza;

:: respiração oral, chiado no peito, tosse e falta de ar;

:: na face, coceiras, com vermelhidão ou não;

:: na pele, o surgimento de lesões vermelhas ou escamativas como urticárias e dermatites.

:: nos olhos, coceiras, lacrimejamento e vermelhidão nas conjuntivite,

:: infecções recorrentes.


Segundo Juliana, cuidados simples ajudam os alérgicos a conviverem com os animais de estimação: 

:: banhe e escove o seu mascote uma vez por semana. Isso deve ser feito por um membro da família não alérgico ou em local especializado;

:: lave, com água quente, a cama, os cobertores e as roupas dele uma vez por semana;
:: utilize aspiradores de pó em tapetes e sofás, além da limpeza do local com pano úmido;

:: mantenha a cama e a caixa de areia dos animais longe do quarto da pessoa alérgica;
:: quem é sensível ao pelo deve evitar abraçar, beijar e acariciar os animais. Caso tenha esse tipo de contato com o animal, a pessoa deve lavar bem as mãos logo depois.
BEM-ESTAR
Stock Photos, Divulgação / 
Na grande maioria dos casos, os alérgicos também podem conviver em harmonia com os bichinhos
Foto:  Stock Photos, Divulgação
 fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3126014,Saiba-como-evitar-que-o-pelo-do-seu-mascote-se-torne-um-problema-para-sua-saude.html

      A Influência da alimentação na saúde bucal dos petS

      Mau hálito, perdas dentárias, dor ao se alimentar, diminuição do apetite, emagrecimento e até doenças cardíacas. Estas são só algumas das consequências da falta de cuidados com a saúde bucal de seu pet.
      Reflexo direto da falta de cuidados com a saúde oral, o cálculo dental, popularmente conhecido como tártaro, é o grande responsável pela doença periodontal (inflamação e infecção de dentes e gengiva). Hoje, aproximadamente 85% dos cães e gatos apresentam algum grau de doença periodontal.
      Hoje, aproximadamente 85% dos cães e gatos apresentam algum grau de doença periodontal. - FlickrHoje, aproximadamente 85% dos cães e gatos apresentam algum grau de doença periodontal.
      Crédito: Flickr
      Assim, um conjunto de cuidados deve ser instituído com o intuito de minimizar ou prevenir o problema. Os cuidados com a saúde oral dos pets incluem basicamente os seguintes pontos: o fornecimento de uma dieta seca adequada, a escovação diária dos dentes e o oferecimento de snacks ou soluções específicos para este fim.
      A dieta oferecida influencia a saúde bucal, por meio de sua composição nutricional e textura, pois estes são fatores que interferem de forma química e mecânica para a prevenção do problema.
      Estudos comprovam que cães que recebem alimentos secos, com grânulos mais firmes e maiores têm menor tendência a formar o tártaro, uma vez que o maior atrito durante a mastigação favorece a remoção e evita o acúmulo dos restos alimentares que darão origem à placa bacteriana e, posteriormente, ao tártaro.
      Assim, é fundamental que o cão receba um alimento com tamanho, formato e consistência adequados ao seu porte e idade, para que a mastigação seja exigida e a ação mecânica de prevenção aconteça.
      Atualmente, o mercado dispõe de diversas rações comerciais de alta qualidade, que além de levarem em conta as características do grânulo, incluem em sua formulação substâncias especiais e específicas para a prevenção do tártaro, como o hexametafosfato de sódio. O hexametafosfato de sódio é um ingrediente interessante, pois, diferente de outras substâncias com esta finalidade, sua ação não depende da mastigação, além de ser seguro e efetivo.
      O uso sistemático de uma ração com este benefício é um grande aliado da saúde bucal, uma vez que a dieta é naturalmente consumida pelo animal de estimação, permitindo um cuidado diário prático e eficaz.
      Algumas considerações importantes:
      - algumas raças possuem maior predisposição ao tártaro do que outras, como o Maltês, Yorkshire, Poodle, Shih Tzu, entre outros, e as dietas específicas para estas raças já incluem estes cuidados.
      - os biscoitos caninos auxiliam na prevenção do tártaro, porém contêm calorias e em excesso podem desbalancear a alimentação. Dê preferência para ossinhos ou tiras de couro mastigáveis, bem como para os brinquedos voltados a este fim.
      - é fundamental entender que, caso o animal de estimação já tenha o cálculo dental instalado, será necessário um tratamento periodontal para a remoção e logo após instituir um programa preventivo integrando dieta adequada e cuidados de higiene oral.
       fonte: http://petmag.uol.com.br/colunas/a-influencia-da-alimentacao-na-saude-bucal-dos-pets/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+petmag+%28PetMag%29

      Atenção: as opiniões do artigo são de inteira responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a opinião do site PetMag.

      quarta-feira, 21 de setembro de 2011

      FEIRA DE ADOÇÃO

      Neste domingo 25/09 acontecerá nova feira de doação de animais da SOS Vida Animal...  Praça do Mercadão Shangrilá. 9h às 12h-  Rua Visconde de Mauá, 168.
      Compareça e conheça os pets que estão precisando e doidinhos para ganhar uma familia.
      Depois coloco as fotinhas da feira e o resultado das adoções.
      Até lá, aguardo vocês.
      Abraços
      Denise

      terça-feira, 6 de setembro de 2011

      Ração em xeque





      Ganha força a corrente defensora da alimentação semelhante à humana para animais de estimação

      Michel Alecrim
      O que é melhor para seu cachorro? Conheça, em vídeo, dois animais, da mesma raça e idade, um deles come apenas ração e o outro, só comida. Saiba qual é mais saudável :
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      DIETA
      A jack russel Fina jamais comeu produtos industrializados
      Filé de peixe, purê de legumes e quinoa temperados com uma boa dose de azeite de oliva e uma colher de iogurte natural. O prato, que poderia cair bem numa dieta light, é um dos exemplos da última tendência defendida por alguns veterinários para a alimentação dos animais domésticos. Donos de cães e gatos vêm substituindo as rações por refeições balanceadas, que, garantem, são melhores para a saúde e atrativas. Estudo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) corroborou essa tese ao analisar fezes de cães que se alimentavam de ração e comiam alimentação natural.

      A turismóloga carioca Carol Agacci comprovou isso na prática. Seu pug Boris tinha problemas de pele e perda de pelo e em apenas duas semanas de nova dieta sua aparência se transformou. “Dá mais trabalho, mas a saúde dele melhorou muito”, diz. “E agora não tenho que fazer esforço para ele comer.” Os mais radicais adotam a alimentação crua ou até vegetariana. Na mão inversa, veterinários alertam: abandonar os produtos industrializados requer a consulta a um especialista, pois bichos não podem seguir a alimentação humana.

      Adepta da comida feita em casa para os animais, a veterinária Sylvia Angélico, do portal Cachorro Verde, dá receitas online de acordo com o porte e a idade deles. Ela aconselha os donos a adquirir uma balança para não errar nas medidas. “O estudo da nutrição foi praticamente abandonado pelas faculdades. Por insegurança, os veterinários acabam indicando logo a ração”, afirma. Atualmente, há até empresa especializada em comida congelada para animais. A tradutora carioca Lúcia Pestana, 55 anos, adotou a alimentação natural para seus dois cães. O poodle Thomas comeu ração por 13 anos e sofria de problemas gastrointestinais. Após usar vários produtos, adotou recentemente a comida balanceada e garante que os problemas dele acabaram. Já a jack russel Fina, de um ano, jamais comeu produtos industrializados. 

      O debate promete ser grande. “Os produtos se aprimoraram e há os indicados até para animais com doenças”, afirma o veterinário André Mello, defensor das rações. O ponto fundamental é chegar a uma dieta adequada para o animal, o que não é fácil. Para Renato Campello, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio, é até possível adotar a comida caseira quando o animal rejeita a ração, mas ele recomenda consultar um especialista. “Há pessoas querendo adotar a macrobiótica para os bichos, isso é um absurdo”, adverte.
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      http://www.istoe.com.br/reportagens/156706_RACAO+EM+XEQUE
      fonte: 

      quinta-feira, 1 de setembro de 2011

      Mitos e verdades sobre a castração



      Por Equipe Cão Cidadão
      castracao 1024x682 Mitos e verdades sobre a castração
      A castração é um assunto bastante discutido atualmente por todos aqueles que convivem com cães.
      E, no que se refere a este tema, amplos debates já foram travados, estudos realizados e já não restam mais dúvidas de que promover a castração de animais de estimação é a medida mais eficaz para evitar abandono e maus-tratos a cães e gatos, pois evita o nascimento de inúmeros filhotes quem, em grande parte das vezes, acabam não encontrando um lar...
      Mas, mesmo assim, falar sobre castração ainda traz a tona alguns mitos que precisam ser esclarecidos:
      O cão castrado sofre por não poder mais acasalar?
      A cirurgia de castração extrai ovários, tubas uterinas e útero nas fêmeas, e testículos nos machos. O cão não sente qualquer pesar após a cirurgia; ele/ela simplesmente não tem consciência do que aconteceu. Muito pelo contrário: como não mais estarão sujeitos aos efeitos dos hormônios circulantes, os cães passam a viver com mais tranquilidade, sem o inconveniente de estarem expostos aos instintos de procriação decorrentes dos hormônios.
      O cão castrado engorda?
      Não se pode culpar a castração pela obesidade dos cães! Na verdade, com a supressão dos hormônios, algumas atividades antes comuns, como buscar parceiros, marcar locais com urina e enfrentar possíveis “rivais”, não mais se fazem necessárias. Assim, cabe ao dono proporcionar ao cão outras atividades, para que este possa manter o mesmo ritmo de vida, sem também descuidar da alimentação.
      A cirurgia é arriscada?
      Médicos veterinários responsáveis realizam exames pré-operatórios nos cães e prezam pelos cuidados com anestesia e analgesia. É uma cirurgia simples em que, geralmente, os peludos voltam à ativa em poucos dias.
      O cão deve cruzar ao menos uma vez antes de ser castrado?
      Já está cientificamente comprovado que não existe qualquer relação entre o ato sexual e a boa saúde ou amadurecimento do cão. Na verdade, esperar pelo amadurecimento sexual pode, inclusive, trazer malefícios na relação dono-cão: o macho, ao aprender a marcar locais com urina levantando a perna, pode nunca mais perder este hábito adquirido, mesmo depois de castrado.
      O cão castrado fica preguiçoso?
      Não existe qualquer relação entre castração e letargia. Na verdade, se o cão engordar por falta de atividades, acabará ficando mais preguiçoso, pois tudo se tornará mais difícil. Além disso, os cães deixam de ser tão ativos à medida que envelhecem, mas as pessoas costumam associar este evento com a castração.
      Finalmente, nunca é demais ressaltar os benefícios já efetivamente comprovados da castração:
      - a castração realizada antes do completo amadurecimento sexual previne câncer de mama e de útero nas fêmeas, que ficam praticamente livres da chance de desenvolver essas doenças graves na velhice;
      - a castração ajuda a evitar fugas, especialmente dos machos, que podem sentir o odor de uma fêmea no cio há dois quilômetros de distância;
      - cadelas castradas não passam pelo inconveniente da gravidez psicológica (pseudociese), condição relativamente comum que as faz produzir leite e muitas vezes apresentar dor nas mamas neste período.
      Assim, quando o assunto é castração, é muito importante deixar de lado falsas crenças, muitas vezes difundidas por gerações, e prezar, sim, pelo bem estar dos peludos!
      ---
      Texto: Cassia Rabelo Cardoso dos Santos (Adestradora Cão Cidadão)
      Revisão e Edição Final: Alex Candido

      Para saber mais sobre os serviços de adestramento e consultas comportamentais da Cão Cidadão, acesse o sitewww.caocidadao.com.br.

      Calcule a idade de seu cão



      Aquela afirmação de que os cães envelhecem 7 anos para cada ano humano é uma crença popular. Os cachorros envelhecem muito mais rápido nos primeiros 2 anos de vida, como podemos analisar na tabela ilustrativa deste artigo.
      Trocando em miúdos, o cachorro envelhece, no primeiro ano de sua vida, o equivalente a 16 anos humanos. Ou seja, quando ele completar um ano de vida estará em plena adolescência! E tem mais… Quando completar 2 anos terá o equivalente a 24 anos humanos. E somente a partir do terceiro ano que as coisas começam a mudar com relação ao envelhecimento, já que a partir desta idade cada cachorro envelhece de acordo com o seu tamanho.
      Explico: para raças pequenas e médias, o cão envelhece 5 anos civis para cada ano canino. Para as raças grandes o envelhecimento é de 6 anos para cada ano civil e, por fim, as raças gigantes envelhecem 7 anos para cada ano humano.

      Como descobrir a idade de um cão adotado ou cão de rua (vira-latas)?!

      Se você não sabe a idade de um cachorro, saiba que existem algumas dicas que podem lhe ajudar a desvendar este mistério.
      Dentes: o cachorro faz a troca dos dentes de leite pelos dentes permanentes no 7º mês. Então, se você encontrar um cachorro que possui os dentes brancos e limpos, provavelmente ele tem um ano (ou menos) de vida. Se os dentes estiverem meio amarelados, sua idade tende a ser entre um ano e dois anos. Se perceber que além de amarelados, os dentes possuem tártaros, então a idade pode estar entre 3 e 5 anos. Para a falta de dentes, é sinal de que o cachorro já apresenta uma idade avançada.
      Musculatura: os cachorros mais jovens tem musculatura definida por estarem mais ativos e com energia corporal de sobra. Já os cachorros mais velhos apresentam menos músculos.
      Olhos: quando jovens são brilhantes e claros. Quando mais velhos ficam opacos e escuros.
      Pelagem: os cachorros jovens apresentam pelos mais finos e macios enquanto os cães adultos apresentam pelagem mais grossa e oleosa e os cachorros mais velhos apresentam manchas brancas em sua pelagem e, principalmente, em volta do focinho.

      Tabela de comparação de idade canina com idade humana



      Agressão dos cães




      Uma das maiores preocupações da população das grandes cidades é a agressão dos cães e a grande pergunta é:
      Porque os cães atacam crianças inocentes, pessoas idosas que não representam ameaça?
      1. Falta de conhecimento de etologia - nossos conceitos de propriedade mascaram a visão da realidade. Nos consideramos "donos" dos animais chamados domésticos da mesma forma como nos considerávamos donos dos escravos no século passado e da mesmíssima forma como nos consideramos donos das mulheres, dos maridos, dos filhos etc. Os pais podem bater em "seus" filhos. Entretanto se um filho bate no pai ou na mãe é considerado um ato absurdamente criminoso e, um cão morder o próprio dono, é considerado um delito infinitamente maior que um marido bater em "sua" mulher.
      Entre os lobos, ancestrais dos cães, o conceito familiar é diferente. Ao atingir aadolescência, um filho pode, perfeitamente, disputar com seu pai a liderança da matilha.
      O conceito de corretivo, de punição, de castigo para "dar uma lição", impede que possamos nos aprofundar no conhecimento do comportamento animal.
      2. Educação dos filhotes - os humanos, seres inteligentes, passam 80% de suasvidas pensando ex-clusivamente no que não querem. Quando ensinamos alguma coisa a alguém só sabemos ensinar o que não pode. Quando o nosso cão está comportado não faz mais do que a obrigação. Quando ele faz alguma "arte" aí sim, tomamos alguma providência. Assim só damos atenção aos nossos cães quando eles fazem coisas erradas e ralhamos com ele.
      Quando dois filhotes até dois adolescentes brincam a brincadeira é de luta: é um zangando com o outro (de mentirinha) o tempo todo. Quando ralhamos com um cão sem estarmos zangados, apenas zangando, ele entende essa atitude como um convite à brincadeira.
      Por exemplo: Estamos ocupados trabalhando e não podemos desviar nossa atenção um segundo sequer. Nosso amado filhote nos adora e vem deitar ao lado, comportado. Jamais terá nossa atenção. Aí ele fica meia hora, quarenta minutos, depois se cansa, se levanta e se espreguiça, olha para os lados, olha para nós e continuamos ocupados. Aí ele desiste, olha embaixo da cama e vê um par de chinelos.
      Assim que ele pega o chinelo largamos tudo o que era importantíssimo e saímoscorrendo atrás dele. Pronto! Acabamos de ensinar que, se ele quiser brincar conosco quando estamos ocupados, basta pegar o chinelo. Como ele não chegou a estragar o chinelo, apenas zangamos: ai, ai, ai, não faça isso ouviu? Nesse exato momento damos a ele a certeza que estamos brincando. Utilizamos essa colocação para começarmos a perceber que, sem querer, moldamos o comporta-mento de nossos cães exatamente o oposto do que gostaríamos.
      3. Medo - quando escolhemos um cachorro incluímos nossas fantasias e nossas pretensões como itens de seleção, esquecendo que ele irá conviver conosco durante pelo menos 10 anos.Às vezes escolhemos, como se escolhe um bichinho de pelúcia numa loja. Quero comprar um poodle para o aniversário da Lucinha desses bem miudinhos, um microtoy tamanho 00000. Depois ele começa a sujar em casa, cresce e começa a morder, como parte da brincadeira de filhote, com aqueles dentes fininhos a pele delicada da Lucinha. Mamãe corre para socorrer e zanga com o "Fofo" pronto! Já o ensinou a morder a Lucinha para conseguir atenção e a Lucinha, por sua vez já aprendeu que quando o "Fofo" morde, mamãe corre para socorrer. Acabou-se o sossego e aquele filhote, que só seguiu seus instintos, está pron-to para ser doado. Como trata-se de um poodle é fácil doar. E quando a escolha recai num rottweiler?
      Outras vezes escolhemos um cão para ser um fiel escudeiro da família. Claro quevamos escolher um cão que meta medo nos assaltantes. Um rottweiler! Só que, quando imaginamos um cão que meta medo num ladrão, do qual temos medo, escolhemos uma raça da qual também nós temos medo. Quando tentamos mexer na comida do filhote ele rosna. Por "respeito" aos direitos do cão de proteger sua comida, deixamos para lá. Por ocasião da sua adolescência haverá, inevitavelmente, uma disputa de liderança como acontece com todas as espécies gregárias de animais. Será estabelecida a pirâmide hierárquica. O cão poderá submeter-se a uma, duas, três, todas ou nenhuma pessoa da matilha. Uma vez fui visitar um dono de rottweiler e, quanto entrei na sala de estar, o Tyson estava no sofá assistindo a novela e o resto da família sentado no chão.
      Se o "dono" do cão não tem controle sobre ele, certamente será um filho desobediente. Como irá dar-lhe a educação suficiente para não morder à-toa?
      4. Criação - Se alguém decidir criar uma raça nova de pequeno porte, certamente, não vai cruzar um dogue alemão com um fila brasileiro. Se o sonho é uma raça de grande porte não vai cruzar um pinscher com um chihuahua. Da mesma forma se, na sua imaginação, se configura um cão feroz, ele vai escolher para cruzar exemplares de uma ou duas raças que considera bem agressivas. Cruzando sucessivamente cães agressivos o resultado será desastroso. O que o criador tem em mente passa para sua criação. Ao comprar seu mascote você deverá investir algum tempo conversando com o criador para saber o que ele tem em mente.
      5. Cuidado com o cão medroso - todos os cães, sem exceção, mordem por medo. Quando temos medo compramos uma arma, se temos muito medo, a colocamos no coldre; se o medo aumentar, sacamos a arma; diante do perigo, atiramos. Ora os cães já nascem com 42 dentes na boca. Seus dentes formam sua ferramenta de trabalho e sua arma. O medo faz parte da estrutura biológica dos animais. É o medo que os conserva vivos diante dos perigos.
      A coragem, fator hereditário, proporciona a chance de vencer os medos. Um cão corajoso teme uma menor quantidade de situações e, conseqüentemente tem menos motivos para morder.
      É preciso não confundir coragem com agressividade. Um cão agressivo ou é poucocorajoso ou é mal educado.
      6. Moda - infelizmente, no Brasil, cães entram em moda. O doberman já teve sua época: ficou marcado como o cão assassino, que morde o próprio dono, que perde a memória após os 3 anos, que a caixa craniana é menor que seu cérebro o qual ficava comprimido causando-lhe dor e, conseqüentemente, seu enfurecimento. O fila brasileiro, infelizmente, já começou mal, com criadores que desejavam que seus cães não pudessem ser tocados sequer por veterinários, só porque eram estranhos. Hoje, tanto o doberman quanto o fila já estão bem socializados. O rottweiler como cão perigoso, muito agressivo, contraindicado para crianças e agora o pitbull, cão de rinha que, quando enfurecido, ataca todo mundo. Felizmente está para entrar em moda o recolhedor do labrador ou, em inglês, Labrador Retriever, cujo conceito geral é de docilidade, meiguice e afabilidade - o "dono" brasileiro de cachorro está mudando.
      7. Vergonha de gostar de cães - o cachorreiro brasileiro tem vergonha de dizer que vai comprar um cão porque gosta de cães. Ele sempre tem que justificar porque vai comprar um cachorro no lugar de adotar uma criança pobre: ou para dar de presente para alguém, ou para tomar conta do quintal ou então, porque alguém em casa quer. 70% das raças criadas e compradas no Brasil são as raças de guarda ou de trabalho. Basta pesquisar numa exposição: 70% são cães do 1º, 2º ou 5º grupos. Os outros grupos 3º, 4º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10º representam o restante do número de cães inscritos.
      8. Ciúme - o humano, principalmente o latino, avalia o tamanho do amor que sente pelo outro, pelo nível do seu sofrimento, quando da sua ausência. Nós sentimos o nosso ego massageado pela incapacidade do ser amado esconder o ciúme. Só que nós estamos acostumados a nos defender dos ata-ques de ciúme, os cães não.
      Os animais ditos irracionais expressam seu ciúme através do ato instintivo.Principalmente os cães de guarda: quem não tem ciúme não guarda nada. Quando desejamos evitar o ciúme é ainda pior. Pelo nosso sentimento de justiça, quando temos dois cães, o correto é fazer carinho de mesma intensidade em ambos, ao mesmo tempo. É a melhor forma de arrumar uma briga. Os dois terão ciúme um do outro.
      A Administração do Ciúme Canino
      Um cão de guarda, tem forte sentimento de ciúme. O ciúme é a maior qualidade queum cão de guarda pode ter.
      Numa matilha de lobos, machos e fêmeas convivem na maior harmonia, a exceção é real quando há uma disputa de liderança, momento em que, tanto o líder quanto o desafiante, têm oportunidade de reconhecer a superioridade do adversário e se render. Se nenhum dos dois desistir da luta, esta só terminará com a morte. Os lobos não brigam, porque são livres para retirar-se diante dum confronto indesejável, a não ser pela disputa da liderança.
      Os cães, que descendem do lobo, vivem confinados. As baias, dos canis de criação, devem ser individuais, caso contrário, nenhum dos confinados terá a chance de retirar-se diante de um confronto.
      Quando naturalmente soltos pelo proprietário um será solto antes do outro,estabelecendo uma preferência.
      Toda a primeira briga entre cães, acontece em presença do proprietário, que,certamente, irá apar-tar, mantendo a disputa pela liderança não resolvida e, com isso, a determinação da prevalência dos direitos de um sobre o outro.
      Como ninguém deseja arriscar um final desastroso, e com razão, a solução para evitar brigas será jamais agradar dois cães soltos. Se você quiser agradar, deverá manter o outro preso. Para agradar o outro, prenda o que estiver solto, para depois soltar o outro. O mesmo vale para as fêmeas.
      Dois irmãos humanos também brigam. Irmãos caninos brigam com dentes. Apesar de tratarmos o nosso cão como um membro da família não conseguimos perceber que a briga entre irmãos, é sempre por ciúme. Um macho jamais brigará com uma fêmea.

      A única espécie animal, na qual um macho briga com uma fêmea, é a humana.
      Exceção feita às espécies de insetos cujo rito nupcial inclui a morte, sempre do macho. Gostar de cães é jamais provocar seu sentimento de ciúme.
      Os Sentimentos de Amor e Afeto

      O nosso prazer com a manifestação do ciúme canino é inconsciente e
      automaticamente passado para os nossos cães no momento em que voltando para casa e falamos fininho com eles para fazer festa. Imitamos o choro do filhote. Isso deixa os cães nervosos, supondo que você está sofrendo.
      Aflitos, choram e até se urinam, tentam lamber-nos com a intenção de aliviar.
      Nossa vaidade interpreta essa aflição como sendo a representação do seu sofrimento com a nossa ausência, alimentando com sadismo o nosso ego.
      Se você ama seu cão com sentimento puro, jamais coloque em teste seussentimentos, permitindo que sofra só para você sentir-se amado.
      Ao revê-lo, demonstre apenas sua alegria, falando normalmente, como se já tivesse chegado há 10 minutos.
      9. Treinamento errado de ataque - o conceito de treinamento de ataque, mesmoentre alguns treina-dores, está mal direcionado: "o cão deverá atacar qualquer pessoa estranha" é preciso ensinar ao cão a estranhar pessoas. Esta é a melhor forma de se preparar um cão para um ataque acidental.
      Quando você coloca um filho seu numa academia de artes marciais, certamente não está preten-dendo que ele arrebente a cara de todos os seus colegas e muito menos do professor. O objetivo é ensinar-lhe defesa pessoal. Com os cães devemos seguir a mesma filosofia.
      Pretender ensinar um cão a morder é tão absurdo quanto pretender ensinar um pássaro a voar. Um cão já nasce sabendo morder. O que ele não sabe é como o ser humano briga: socos, pontapés, pauladas, facadas, tiros etc. O que uma academia de defesa pessoal para cães deve ensinar são os "catares" humanos, isto é, como defender-se de um chute, de uma paulada, de uma facada, etc.
      Outro ponto importante nessa nova filosofia é jamais ensinar um cão a morder irritando-o, atiçando de modo que ataque sob pressão psicológica, ou seja, ficar cego de raiva. Uma boa academia de judô ou caratê procura ensinar os seus alunos a manter a calma em qualquer situação. Um cão de-verá manter a tranqüilidade durante uma luta contra um ser humano para poder solta-lo quando receber este comando.
      Um cão estressado, que "perdeu a cabeça", não vai soltar sob comando e muito menos interromper um ataque lançado.
      Atualmente, um bom figurante (sparring) deve passar segurança aos seu alunos e ensiná-los, principalmente, quando não morder. O cão deve "atacar" por esporte de defesa, por brincadeira, jamais irritado. Um cão de guarda deve ter tranqüilidade suficiente para poder avaliar se o estranho representa perigo real ou não, utilizando seu instinto natural.
      Como é fácil de ser observado, meus amigos, em qualquer situação a responsabilidade total é do ho-mem. Essa responsabilidade é dividida entre os criadores irresponsáveis e proprietários problemáticos, sendo que a tendência será de aumentar a carga do proprietário porque poderemos verificar ainda que, desde a escolha da raça, a escolha do nome (um pitbull jamais se chamaria Kiko e um poodle jamais se chamaria Killer) e a educação do cão pode ou não resultar em cães problemáticos.
      Bruno Tausz 
      Etólogo
      Presidente do Conselho de Cinologia da Confederação Brasileira de Cinofilia
      Árbitro de Adestramento.
      Árbitro de Estrutura e Beleza de Todas as Raças.
      Autor dos livros:
      "Linguagem das Cores"
      "O Rottweiler"
      "Adestramento Sem Castigo"
      "Dicionário de Cinologia"